Por: Eduardo Farias
Não é novidade para ninguém o fato de ser o casamento um grande desafio. Isso se torna mais verdade ainda quando vemos a o resultado da enquete colocada no site do Ministério OIKOS relacionada a pergunta: “Se fosse dado um nome de um filme ao seu casamento, qual desses seria mais apropriado?
O mais votado foi “A difícil arte de amar” com 34,8%. Filmes como ”Amor, sublime amor”, “Laços de Ternura”, “Um amor para recordar” e “Segredos e mentiras” também receberam considerável votação.
Certamente se considera realista aquele que pontua o casamento como uma “arte” composta de muitos “nós” que precisam ser desatados. A grande questão é que, mesmo sendo difícil, é possível.
Ao mesmo tempo em que se convive com obstáculos e desatinos, se pode conviver também com acertos, alegrias e prazeres oriundos de alinhamentos, descobertas, boa dose de paciência e muito bom humor.
A “difícil arte de amar” nos parece, a princípio, algo negativo, ruim de se encarar, mas é bem possível vê-la como algo tremendamente positivo a partir do momento em que se encara as dificuldades como desafios a serem vencidos.
Para tanto é preciso um certo investimento por parte de quem ama. Não se pode ignorar as literaturas, palestras, encontros, sermões, artigos mensagens e outras oportunidades para se conhecer melhor e para conhecer melhor o universo que abrange o relacionamento interpessoal.
Estar com o outro e, mais ainda, viver com um outro, pressupõe muitas questões que, geralmente, não são tão doces como se prevê nos finais das histórias de amor:
“E viveram felizes para sempre...”. Uma palavra que representa bem esta questão é satisfação, não no melhor sentido da palavra mas no pior. Mas existe um “pior” sentido da palavra satisfação? Sim. É quando ela significa acomodação, paralisação ou estagnação. Existem pessoas que pararam no tempo e no espaço e quando argüidas pelos motivos de tanta letargia elas responde: - “É por nada não. Tá tudo bem!” Será que está tudo bem mesmo? Se está, por que tanta infelicidade disfarçada? Por que tanto lamento às escondidas? Por que tanto choro na madrugada? “Satisfação” pode ser um grande veneno para as relações.
Ela pode acontecer mas tem que ser temporária, porque novos desafios e novas necessidades sempre surgirão e quando chegam, é a hora de investir mais na relação, conhecer mais a necessidade do outro e buscar mais intimidade.
Vale ressaltar que quando não se tem este tipo de vivencia e consciência o “nome do filme” pode ser outro como o resultado desta mesma enquete mostrou: “Dormindo com o Inimigo” (5,1%), “A Bela e a Fera” (2,8%) e “Lua de Fel” (1,1%). Ainda que sejam em percentuais pequenos, não se pode deixar de lamentar o fato de existirem casamentos com marcas de inimizades e desencontros tão latentes. Amar é difícil, mas é fascinante. Fascinante porque é dinâmico, vivo, se constrói a cada dia, dia após dia, desafio após desafio. A cada manhã se descortina uma nova cena desse “filme” que pode ser recheada de carinho, respeito, compreensão e boas gargalhadas. Deus, o autor do “filme” chamado casamento, tem sugerido roteiros maravilhosos. Basta apenas o bom desempenho dos “atores principais”: você e seu cônjuge.
Extraído de www.clickfamilia.org.br
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